Não tenho tempo! Uma expressão popular usada
cada vez mais frequentemente por nós seres humanos, movidos pelo luxo e
tecnologia. Trabalhamos oito, nove, outros
até doze horas por dia, para proporcionar ao nosso ego, o luxo de usufruir, ou
ao menos tentar desfrutar do que a de mais caro no mercado.
Com
isso nunca temos um horário correto para descansar, sair com os amigos ou até
mesmo para nos sentar na varanda para trocar um dedo de prosa com os vizinhos e
familiares. Sempre estamos atrasados, sempre corremos contra o tempo com a
falsa esperança de que um dia iremos alcançá-lo, ledo engano, é o tempo que
sempre nos alcança, nos perturba e muitas vezes nos tira o sono.
A
facilidade em se obter acesso a novas informações a cada minuto é
surpreendente, ao ponto de ser admirável. Essa criação humana da qual nos
tornamos reféns, como já dizia um amigo, nos aprisiona a cada centésimo de
milésimo a ponto de ficarmos em débito com o nosso amigo tempo. O nosso amigo
imaginário, nos exige metas para cada momento “Há o tempo de sorrir, chorar,
cantar, dançar, sofrer, amar” será que pra tudo tem um tempo?
Por
enquanto penso e redijo as várias ideias que surgem em minha cabeça, o relógio
me diz: o seu tempo acabou, já está na sua hora. Você tem exatamente trinta
minutos para o banho, quinze para se arrumar e quinze minutos para chegar à
faculdade. Pelo visto, esse texto está próximo do seu ponto final, o seu tempo
se esgotou, que ele descanse em paz ou que o fim dele ao menos me devolva a paz.
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